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Doses de Inspiração

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Conexão, inovação e educação.

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Porque você precisa viver uma expedição e não só um passeio pelas Ilhas Cagarras

  • Foto do escritor: Natalia Figueiredo
    Natalia Figueiredo
  • 16 de jul.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 31 de jul.

Passeio pelas Ilhas Cagarras é com a Nas Marés
Ilhas Cagarras - Foto: Gabriel Visu

A apenas 5 km de distância da praia de Ipanema - ou 2 milhas náuticas, as Ilhas Cagarras são parte do cartão postal carioca e estão dentro do nosso roteiro na Expedição Jubarte


Não basta ser carioca, a gente precisa contemplar a cidade de todos os ângulos. Melhor ainda do mar passando por um dos principais cartões postais da cidade: as Ilhas Cagarras.


Admirada das praias cariocas por milhares de moradores e turistas, o arquipélago é composto por quatro ilhas (Palmas, Comprida, Cagarra e Redonda) e dois ilhotes (Filhote da Cagarra e Filhote da Redonda) a apenas cinco quilômetros ao sul da praia de Ipanema.


Fragatas voando sobre as ilhas cagarras

O local, o Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras (MONA Cagarras), é uma unidade de conservação (UC) federal de proteção integral e compõe um verdadeiro santuário para as aves marinhas. Lá estão abrigadas uma das duas principais colônias reprodutivas de fragatas (Fregata magnificens) do Atlântico Sul e a segunda maior de atobás-marrom (Sula leucogaster) da costa brasileira, representando assim uma área de fundamental importância para estas espécies, além de servir de abrigo para descanso, alimentação e reprodução para outras 49 espécies de aves, incrível né?!


Faça um passeio pelas Ilhas Cagarras e conecte-se com a fauna marinha. Veja atobas, golfinhos e baleias na região

Por serem avistadas a partir de diferentes pontos da cidade, as ilhas também fazem parte do cenário e do imaginário dos cariocas e são procuradas por muitos moradores que buscam um ambiente diferenciado para a prática de atividades ao ar livre, como mergulho, snorkel, remo, dentre outros.


Corredor migratório das Baleias Jubarte, sítio arqueológico e mais!


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O arquipélago ainda serve como um dos melhores abrigos na costa da cidade do Rio de Janeiro para baleias e golfinhos e é um referencial geográfico para esses animais. Ele está no corredor migratório das baleias, que durante suas migrações anuais, utilizam essa área como passagem e reprodução no Brasil. O Projeto Ilhas do Rio monitora essa rota há mais de uma década, registrando o crescimento da população de diversas espécies de cetáceos.


Do ponto de vista histórico-cultural, o MONA preserva um sítio arqueológico na Ilha Redonda, descoberto em 2012 e considerado um dos únicos testemunhos do espírito, da capacidade de navegação e de escalada do povo Tupi-Guarani residente no litoral carioca.


Então, além do espetáculo visual, as expedições promovem informação para um ecoturismo responsável, combinando aventura, educação ambiental e conservação das espécies em seu habitat natural. A presença de biólogos ou oceanógrafos a bordo enriquece a experiência, explicando sobre a fauna local, o comportamento dos cetáceos e as boas práticas para interação segura e sustentável.


O que poucos sabem é que, mesmo estando tão próximo da costa e de uma metrópole como o Rio de Janeiro, é que desde abril de 2021, as Ilhas Cagarras e as águas do entorno, o que inclui as praias da Zona Sul carioca – do Leblon até a praia Vermelha e a ilha de Cotunduba, na região da entrada da baía de Guanabara –, são o mais novo Ponto de Esperança, ou Hope Spot, do Atlântico Sul. Até então, apenas Abrolhos tinha o reconhecimento no Brasil. Estamos muito chiques né?!


"A chamada “megafauna carismática” é muito fácil de se encontrar nas Cagarras, como a tartaruga-verde que se alimenta nos costões rochosos, e as diferentes espécies de baleias e golfinhos que passam por ali. É o caminho das jubartes, por exemplo, para Abrolhos, em junho e julho", diz a bióloga marinha Aline Aguiar em entrevista ao O GLOBO.


Em 2024, essa área ainda foi ampliada, passando a fazer parte grande parte do litoral da Zona Oeste carioca, indo da Barra da Tijuca até a Barra de Guaratiba. No mundo, são 130 Hope Spots, classificação criada pela Mission Blue – uma aliança de conservação marinha capitaneada pela oceanógrafa e exploradora americana Sylvia Earle – para reconhecer áreas marinhas com relevância biológica, capacidade de transbordamento de espécies de peixes de interesse comercial, importância econômica e cultural, presença de processos naturais e oportunidades de reversão de realidades – ou seja, lugares que tragam esperança e inspirem pessoas.


Participar de uma expedição para avistar baleias no Rio de Janeiro é uma forma de vivenciar a natureza em sua plenitude, contribuir para a preservação das jubartes e apoiar o turismo sustentável.


Como a temporada de baleias influencia o ecoturismo na cidade?


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A temporada de baleias influencia o ecoturismo no Rio de Janeiro e em outras regiões costeiras do Brasil ao transformar o período de migração desses cetáceos em uma atração sustentável que movimenta a economia local, principalmente na baixa temporada.


Além do impacto econômico, a temporada promove a conscientização ambiental e educação sobre a importância da conservação marinha, pois o turismo de observação é regulado para garantir a segurança e o bem-estar dos animais, evitando perturbações e respeitando distâncias mínimas exigidas. Aqui na Nas Marés acreditamos que só podemos cuidar do que conhecemos e por isso temos ações o ano inteiro de conservação do oceano, educação ambiental com instituições sociais, empresas, escolas e grupos privados.


Quais cuidados ambientais devo ter ao participar de um passeio ou uma expedição de observação baleias?


Em 2024, o ICMBio lançou o Manual de Boas Práticas de Interação com Cetáceos, com linguagem acessível para a população das diretrizes e procedimentos a serem observados durante o desenvolvimento de atividades de interação intencional com cetáceos. Algumas delas são:


  • Não toque ou tente capturar qualquer espécie de cetáceo;

  • Não forneça qualquer tipo de alimento sólido ou líquido para os cetáceos, peixes ou outros animais marinhos;

  • É proibido perseguir, interromper, tentar alterar o curso de deslocamento de cetáceos, ou circundar/circular dentro de grupos de cetáceos, ou aproximar-se de qualquer espécie de cetácio com o motor ligado (engrenado) a menos de 100 metros de distância do animal mais próximo, devendo o motor ser obrigatoriamente mantido em neutro.

  • Quando embarcado, manter a posição de 60º

  • Quando duas embarcações já estiverem se aproximando simultaneamente para avistar cetáceos, não é recomendada a aproximação de uma terceira embarcação.

  • Não navegue a uma velocidade superior a cinco nós (aproximadamente 10 km/h) nem faça mudanças bruscas de direção ou velocidade da embarcação na presença de cetáceos que estejam a menos de 300 metros da embarcação.

  • Não acompanhar cetáceos por mais de 30 minutos.

  • Atenção ainda maior com a presença de filhotes


Além disso, nunca despeje lixo no mar, próximo ou não desses animais. Leve e traga seus resíduos.


Consequências da poluição da água


Hoje, a poluição da água é um dos principais impactos ambientais registrados no globo. Segundo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, todo ano, 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos são gerados, mas 33% não recebem tratamento adequado. A quantidade equivale a um caminhão de lixo cheio de plástico sendo despejado no oceano a cada minuto. Para mudar esse cenário, é necessário investir maciçamente em sistemas e políticas modernas de gerenciamento de resíduos, que incentivem as pessoas a reutilizar e reciclar tudo, “desde garrafas plásticas até eletrônicos antigos”. A meta é “declarar guerra ao lixo” e agir de forma mais consciente. Ele também cita empresas que precisam contribuir para uma “economia circular e sem desperdício”. Afinal. Todos os anos, até 14 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram nos ecossistemas aquáticos.


A poluição da água representa um risco significativo para os cetáceos, afetando sua saúde, reprodução e sobrevivência. A contaminação por poluentes como metais pesados, plásticos, pesticidas e produtos químicos industriais pode levar a problemas de saúde, como supressão do sistema imunológico, distúrbios reprodutivos e até mesmo a morte. Além disso, a poluição sonora, causada por atividades humanas como a navegação e a construção offshore, pode interferir na comunicação, comportamento e migração desses animais.


Por que as baleias passam pelo Brasil?



As baleias, principalmente as jubartes, migram para a costa brasileira durante o inverno e a primavera (entre junho e novembro) em busca de águas mais quentes para reprodução e nascimento dos filhotes.


Elas vêm das regiões polares, como a Antártica, onde se alimentam, para áreas mais tropicais, como o litoral brasileiro, onde as temperaturas são mais amenas. Elas se destacam por saltarem nas águas, oferecendo um espetáculo inesquecível para quem consegue avistá-las.


Por aqui, no Rio de Janeiro, temos a oportunidade de vê-las de Junho a Agosto. Saímos para expedição em veleiros com grupos pequenos acompanhados de biólogos e especialistas para explicar o comportamento dos animais, apresentar sua anatomia e tirar dúvidas.


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Todos são convidados a serem observadores atentos, a busca e o avistamento dos animais é uma construção coletiva, com momentos de contemplação e aprendizado. O foco é a experiência real e respeitosa. É uma oportunidade única de se sensibilizar com o comportamento natural dos animais, incentivar o olhar cuidadoso e a escuta sensível do ambiente.


A expedição dura em média 5 horas, conta com seguro contra acidentes, snacks naturais, frutas e bebidas não-alcoólicas. Cabine com toalete, área coberta com proteção UV e um Hidrofone para ouvir o canto das baleias em uma experiência sensorial completa.


Não é caça às baleias, não é só um passeio, nem turismo de self, é a sua próxima aventura em família com toda segurança!




 
 
 

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